Eu de rolé na lapa, policial me parou, pediu pra tirar uma foto
Vê que o mundo da voltas, até quem me odiava
'Tá se abrindo mais que portas
'Tá fingindo que se importa
Eu de rolé na lapa, policial me parou, pediu pra tirar uma foto
Vê que o mundo da voltas, até quem me odiava
'Tá se abrindo mais que portas
'Tá fingindo que se importa
Bêbado por causa da saudade
Destruí pra salvar vida e não ser sócio da atual sociedade
Eu sei que podemos viver com pouco
Mas sentindo cheiro do muito, nós já quer saber o gosto
E quantos aos 18 ganham carros
Outros ganham fuzis assim que podem portá-los
Ei, não sabia pedir, aprendi a conquistar
Não sabia mentir, não pude me enganar
Não posso terminar igual os caras lá
Que constroem a própria prisão e nem são os Escobar
E eu mando o verso que te liberou
Meu rap é uma fábrica estamos criando líderes
E eles falam que eu não sou o mesmo de antes
Fato, fui Cássius Klay, voltei Muhammed
Eu de rolé na lapa, policial me parou, pediu pra tirar uma foto
Vê que o mundo da voltas, até quem me odiava
'Tá se abrindo mais que portas
'Tá fingindo que se importa
Eu de rolé na lapa, policial me parou, pediu pra tirar uma foto
Vê que o mundo da voltas, até quem me odiava
'Tá se abrindo mais que portas
'Tá fingindo que se importa
"Sendo rico eu ia continua sendo o mesmo
Roupas caras eu ia continuar sendo o mesmo
Rico ou pobre eu sou alvo do mesmo jeito"
Lembra que, se resistir é terrorismo, sabe bem o que somos
Se a vitória está longe, sabe bem onde fomos
Pensaram que toda essa merda ao redor ia oprimir
E é combustível pra correr pelos sonhos
Lembra que, e se errar igual sempre erramos
É como o cão que volta o vômito (É como o cão que volta o vômito)
Ou tirar a família daqui, yeah
Questões que me deixam louco
Igual explicar pra minha mãe porque chamam o rap de jogo
Prefiro pensar, blindado de fé nada me atinge
Se eu andar pra trás, ó, efeito estilingue
Que nem Muhammad Ali, magda
Eu sei da caminhada, eu sei, eu sei, eu sei
Lapa, Lapa, Lapa, um brinde à malandragem
Que nem Muhammad Ali, magda
Inclusive eu tive lá, e não te vi lá
Falam que eu tenho que ter mais pra mostrar
Mas isso é rap ou uma revista pornográfica?
Hã, querem me ver de forma trágica
Hã, porque eu sou ouro, sou África
Enquanto Narciso critica o alheio
Mas o mundo não é espelho
Então morra afogado em seu próprio ego
Preso em sua falta de confiança
Desmorona maturidade da criança
Esse mar de gente apertar a mão de um vacilão
É dar comida na boca do tubarão
Críticos querem me dizer como fazer algo que eles nunca fizeram
Como se multiplicam? De onde vieram?
Pergunta que não quer calar
Tem nada pra tu aqui, então não te deixo passar
Pode vim com suas rezas, seus terços e patuá
Eu jogo o campeonato que tu não vai pontuar, nunca!
Eu de rolé na lapa, policial me parou, pediu pra tirar uma foto
Vê que o mundo da voltas, até quem me odiava
'Tá se abrindo mais que portas
'Tá fingindo que se importa
Eu de rolé na lapa, policial me parou, pediu pra tirar uma foto
Vê que o mundo da voltas, até quem me odiava
'Tá se abrindo mais que portas
'Tá fingindo que se importa
E eu não mudo mas eu não me iludo
Debochado, cínico, à milhão
E eu não mudo mas eu não me iludo
Eu sei da caminhada, sei, sei, sei
E eu não mudo mas eu não me iludo
Lapa, Lapa, Lapa, um brinde à malandragem
Inclusive eu tive lá, e não te vi lá